'Guardiã das fotografias' celebra memória e identidade cultural preservadas em Jaguariúna
- Gustavo Santos

- 19 de ago.
- 2 min de leitura

O Dia Mundial da Fotografia, celebrado nesta terça-feira (19), é uma oportunidade de refletir sobre a importância desse recurso que vai além do simples registro de imagens. A fotografia preserva memórias, desperta emoções e carrega consigo a identidade cultural de uma sociedade.
Em Jaguariúna, a rotina de Josi Rosana Panini, 60 anos, é um retrato fiel desse compromisso. Profissional com mais de 17 anos de atuação no Arquivo Histórico Permanente da Casa da Memória Padre Gomes, ela dedica sua vida à preservação de documentos e acervos fotográficos que contam a história da cidade e de seus moradores.
“Aprendo todos os dias com as fotografias que passam por mim, são milhares diariamente. Elas congelam momentos, transportam no tempo, trazem à tona lembranças, saudades e reflexões profundas”, descreve Josi.

O trabalho, no entanto, vai além da contemplação. Cada fotografia recebida passa por processos de higienização, digitalização e acondicionamento, com rigor técnico e paciência. Já são mais de 185 mil fotografias físicas arquivadas na Casa da Memória.
“Alguns documentos levam dias, outros semanas, porque exigem cuidados específicos. Mas o mais importante é garantir que permaneçam para as próximas gerações”.

A paixão de Josi pela fotografia também se revela nas exposições que ajuda a organizar, selecionando imagens que dialogam com a memória coletiva da cidade. “As fotos escolhidas para exposição não podem perder sua originalidade, porque é justamente a história nelas contida que dá sentido à preservação”, explica.
Para ela, cada imagem guarda muito mais que um registro. É identidade, é cultura. Seja no sorriso de uma criança, no trabalho de antigos moradores ou no retrato simples de um pipoqueiro da vila, as fotografias carregam a essência de uma época e reforçam a importância de preservar a memória como parte viva da sociedade.
Neste Dia Mundial da Fotografia, a história de Josi mostra que a fotografia não apenas registra a vida, mas também a mantém pulsando — como um elo permanente entre passado, presente e futuro.









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