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Jaguariúna destina mais de 150 escorpiões ao Butantan e garante antídoto na região

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    Redação
  • há 1 dia
  • 3 min de leitura

Acidentes esse ano ascenderam alerta e Estado reconheceu necessidade do município - Foto: Divulgação
Acidentes esse ano ascenderam alerta e Estado reconheceu necessidade do município - Foto: Divulgação

A equipe da Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ) de Jaguariúna entregou, nesta quarta-feira (19), 158 escorpiões vivos ao Instituto Butantan, em São Paulo. Os animais haviam sido capturados nos últimos meses em diferentes pontos da cidade e foram encaminhados ao laboratório para auxiliar em pesquisas e na produção de soro antiescorpiônico.


Essa ação é resultado da contrapartida municipal, estabelecida para que o Estado disponibilize o antídoto. Foram entregues ao Instituto Butantan 150 escorpiões da espécie Tityus serrulatus (escorpião-amarelo) e oito escorpiões da espécie Tityus bahiensis (escorpião-marrom).


Cada escorpião (da espécie Tityus serrulatus, comum na produção de soro no Brasil) fornece em média 0,20 mg de veneno por extração.


Os animais foram capturados em diferentes pontos da cidade, incluindo o Cemitério Municipal, Parque dos Ipês, Capela Santo Antônio, Jardim Europa, Nova Jaguariúna, Cruzeiro do Sul, no campus da UniFaj e Guedes, locais que integram o monitoramento da UVZ.


A ação reforça o compromisso do município com a prevenção de acidentes e com o fortalecimento da parceria técnica com o Instituto Butantan, responsável pela produção do soro utilizado em atendimentos de emergência em todo o país”, destacou a Secretaria de Saúde municipal.

Desde novembro, o Hospital Municipal Walter Ferrari tem o soro antiescorpiônico disponível.

Em setembro desse ano, uma criança de 3 anos foi picada por um escorpião dentro de casa, em Jaguariúna, e precisou ser transferida para o Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp. Ela chegou em estado grave.


O procedimento adotado pelo município sempre foi o de transportar o paciente acidentado por esses animais, ao HC da Unicamp, conforme rege o protocolo com o Estado

Acidentes e até morte em decorrência de animais peçonhentos mobilizaram a sociedade local, e a prefeitura se mexeu. Como referência em atendimento na saúde a moradores de cidades vizinhas, como Pedreira, Holambra e Santo Antônio de Posse, Jaguariúna ganhou peso na articulação com o Estado e a população conquistou a tranquilidade em forma de soro.


Estudo aponta que os acidentes com escorpiões aumentaram mais de 150% entre 2014 e 2023. Foto: José Felipe Batista/Butantan
Estudo aponta que os acidentes com escorpiões aumentaram mais de 150% entre 2014 e 2023. Foto: José Felipe Batista/Butantan


ORIENTAÇÕES À POPULAÇÃO


Em caso de visualização de escorpiões, os profissionais da vigilância reforçam que a recomendação é não manuseá-los. Quando possível, a captura do escorpião deve ser feita com segurança, utilizando utensílio comprido e pote de plástico longo e liso.


A gravidade do envenenamento por esses animais é relacionada à disfunção cardiorrespiratória e o edema pulmonar - principais causas de óbito.


A Unidade de Vigilância de Jaguariúna pode ser acionada pelos telefones (19) 3867-9700, ramais 3051, 3052 ou 3053.


Medidas Preventivas Contra Escorpiões

• Verificar roupas e calçados antes de usar.

• Manter a casa limpa, evitando acúmulo de entulhos ou materiais que sirvam de abrigo.

• Vedar frestas, ralos e buracos em paredes, portas e rodapés.

• Afastar camas e móveis das paredes, reduzindo pontos de acesso.

• Instalar telas em ralos e janelas para impedir a entrada dos animais.

• Evitar queimadas e o acúmulo de lixo, que atraem insetos.

• Controlar baratas, já que são o principal alimento dos escorpiões.


PRODUÇÃO DO BUTANTAN


Atualmente, o Instituto Butantan produz oito tipos de antivenenos. Além daqueles para o tratamento de picadas por bichos peçonhentos, há soluções para o combate do botulismo, raiva, tétano e difteria, totalizando 12 opções de soros hiperimunes.


Cerca de 600 mil frascos são enviados ao órgão federal todos os anos, e é responsabilidade da pasta repassar o produto aos estados. Esses, por sua vez, encaminham os soros aos municípios, fazendo com que o tratamento aos agravos por picadas de animais peçonhentos esteja disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sem qualquer custo a quem necessite.

 
 
 

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