Prefeitura de Jaguariúna cancela contrato para construção de 380 moradias no Dona Irma
- Gustavo Santos
- há 2 dias
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Atualizado: há 13 horas

A Prefeitura de Jaguariúna rescindiu contrato com a incorporadora Terra Nova Engenharia, para a construção de 384 apartamentos populares no bairro Jardim Dona Irma.
A construção do empreendimento, viabilizado por meio do programa do governo estadual Nossa Casa – Preço Social, teve seu contrato assinado há quatro anos, mas até o momento não saiu do papel.
Apesar da expectativa gerada entre os moradores, especialmente entre os que aguardam há anos pela casa própria, o projeto enfrentou entraves ambientais desde o início.
Em nota encaminhada ao O Jaguar nesta terça-feira (13), a Secretaria de Meio Ambiente e Planejamento Urbano de Jaguariúna justifica que técnicos identificaram a presença de uma Área de Proteção Permanente (APP) dentro do perímetro da obra.
Por esse motivo a execução do empreendimento ficou inviabilizada, por aspectos “técnico e financeiro”, e que então ensejou a rescisão “amigável” e sem custos para a Terra Nova.

Em 2020, ano da alienação do terreno que seria doado ao Estado, a área era avaliada em R$ 3 milhões, conforme laudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE).
Em 2021, com a presença do então prefeito Gustavo Reis (MDB) e do então vice-governador Rodrigo Garcia, uma cerimônia pública na área firmou contrato com a empresa.
O empreendimento previa a construção de unidades habitacionais de 44,87 m², com parte dos imóveis voltados a famílias com renda de até três salários mínimos.
Na época, a estimativa era beneficiar diretamente 122 famílias em situação de vulnerabilidade, com entrada subsidiada pelo Estado.
Ao logo dos últimos anos, quando questionada sobre prazos e andamento do projeto, a prefeitura justificava que o processo estava em entrave ambiental na Cetesb.
JUSTIFICATIVAS
"A medida foi necessária para garantir a legalidade e viabilidade do futuro empreendimento habitacional. O Governo do Estado de São Paulo, responsável pelo programa, recomendou a rescisão do contrato", informou a Prefeitura.
O município informou que estuda abrir um novo processo licitatório, desta vez respeitando as exigências legais e ambientais.
“O empreendimento será construído no mesmo local. Não há prazos definidos”, informou a pasta municipal de Meio Ambiente e Planejamento.
A atual gestão reitera que a habitação popular é uma de suas prioridades e segue empenhada em viabilizar o início das obras no menor prazo possível”, finalizou a nota.
O Jaguar entrou em contato com a secretaria estadual de Habitação, mas até o momento não houve posicionamento. A matéria será atualizada assim que as respostas forem enviadas.
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