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‘Nosso Mestre’: Arlindo celebra duas décadas de trabalho lado a lado com os filhos

  • Foto do escritor: Gustavo Santos
    Gustavo Santos
  • 10 de ago.
  • 3 min de leitura
Arlindo Abreu e os filhos Cássio e Simone tocam o negócio de família: histórias, conquistas e desafios - Fotos: Gustavo Santos/O Jaguar
Arlindo Abreu e os filhos Cássio e Simone tocam o negócio de família: histórias, conquistas e desafios - Fotos: Gustavo Santos/O Jaguar

Celebrar o Dia dos Pais todos os dias é um privilégio que poucos têm. Para Arlindo Abreu, 69 anos, essa é a rotina: trabalhar lado a lado com os filhos, Cássio e Simone, compartilhando histórias, conquistas e desafios. Juntos, eles comandam há mais de 20 anos um salão de beleza que se tornou referência e ponto de encontro, no Centro de Jaguariúna.


O salão Zeor permanece com sua fachada em tijolo à vista, parte de madeira e um brasão quase imperial. A união de Zeor, Zé e Orlando – esse último padrinho de Arlindo –, começou lá em Santa Catarina, há mais de 60 anos. Só Arlindo já está há 40 anos com as tesouras nas mãos.


Ao lado de Adélia, sua esposa, decidiram investir na profissão em Jaguariúna. Estabilizaram-se de vez em meados de 1997, e logo o local se tornou referência em atendimento rápido e de qualidade.

 

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Fidelizou clientela, formou profissionais que hoje têm seus próprios salões e manteve a essência de um atendimento próximo e acolhedor. É religioso, conversa sobre tudo com os clientes e, quando o assunto é futebol, o São Paulo é unanimidade na família.


Os bancos na entrada, o caderno de anotações com o nome da freguesia, o comprido salão espelhado, a conversa das mulheres nas salas da beleza, são elementos que muitos fregueses reconhecem. Foi ali que Simone, hoje com 41 anos, se apaixonou pela profissão.


“Ele que me deu a ideia de entrar no curso de cabelereira. Foi meu primeiro emprego, com 17 anos.


“Meu pai é tudo. Não me vejo sem ele”, diz ela, com olhos cheio d’água. Nesse domingo, é certo que Arlindo vai preparar o tradicional churrasco que só ele domina. “Se vai ter esse ano? Não sei… pode ser que sim, pode ser que não. Vai ser surpresa”, brinca Arlindo do outro lado do salão, surpreendendo a filha.

Cássio, 32 anos, também encontrou no salão um espaço para unir o trabalho com a convivência familiar. Formado em Artes Cênicas, passou por outras áreas, mas se encontrou na barbearia.


“Meu pai disse que não ia me ensinar nada no começo, para eu não pegar vício, e que eu tinha que aprender sozinho. Depois, claro, tirava dúvidas e pedia conselhos. Ele sempre cobrou diploma, técnica e atualização”, revela o profissional, que já está há quase oito anos no Zeor.



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A pandemia de Covid-19 aproximou ainda mais a família, lembra. Foi um período difícil para todos os comerciantes em geral. Muito mudou na rotina do salão de lá para cá, mas os abalos não intimidaram a família.


“Sempre que preciso tomar uma decisão, penso no que meu pai faria. Para defini-lo a melhor palavra é Exemplo”, resume Cássio.

A esposa de Arlindo, Adélia, também fez parte da rotina do salão por muitos anos. Hoje, aposentada e recuperada de um problema de saúde, acompanha com orgulho a jornada do marido e dos filhos.


Para Arlindo, a resposta sobre o que é ser pai vem fácil: “Com certeza, é uma honra pra mim ter meus filhos comigo, trabalhando, conversando, sorrindo e se ajudando. Gratidão a Deus pela família e pelos filhos que tenho”.


No Dia dos Pais, o presente maior talvez não venha embrulhado. Ele está no dia a dia, no corte de cabelo, no cheiro de café no salão, na risada entre clientes e no privilégio de trabalhar lado a lado com quem mais ama.

 

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