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Repelente busca na tecnologia maior tempo de proteção contra o mosquito da dengue

  • Foto do escritor: Redação
    Redação
  • há 3 dias
  • 3 min de leitura

Os repelentes são fundamentais para proteger crianças contra picadas de mosquitos que transmitem diversas doenças como dengue, malária e a febre amarela. Mas, os pais precisam saber que o mesmo produto que protege, também pode trazer riscos à saúde. Os princípios ativos que repelem o mosquito, além de não serem recomendados para todas as idades, são tóxicos, afetando especialmente as crianças pequenas.


As reações mais comuns de intoxicação por repelentes são: tosse, olhos lacrimejantes, falta de ar, coceiras, erupções na pele, vômitos, e, se a pele estiver machucada, os sintomas podem se agravar, pois os ferimentos facilitam a penetração de substâncias.


Além disso, alguns compostos dos repelentes são classificadas como desreguladores endócrinos, ou seja, podem afetar a produção e liberação de hormônios pelo corpo.

         

Segundo a pediatra e docente do curso de Medicina do Centro Universitário Max Planck (UniMAX Indaiatuba), Dra. Lívia Franco, bebês abaixo dos 6 meses de idade são mais sensíveis.


“Antes dos 6 meses de idade o indicado é aplicar apenas uma vez ao dia, então é importante buscar um repelente cujo tempo de ação é prolongado para atender melhor essa faixa etária”.

Dra. Lívia Franco: Repelentes oferecem proteção e risco para crianças - Foto: Divulgação
Dra. Lívia Franco: Repelentes oferecem proteção e risco para crianças - Foto: Divulgação

E é justamente esse o desafio da indústria farmacêutica, criar repelentes seguros e de alta duração. Afinal, as crianças não são acordadas pelos pais para que o produto seja reaplicado, e o ideal seria que todos tivessem duração mínima de pelo menos 8 horas. Mas a eficácia e duração muda conforme o princípio ativo.


Atualmente existem 3 princípios ativos utilizados em repelentes: o IR3535, considerado o mais seguro e sem relatos de que seja um desregulador endócrino, podendo ser aplicado em bebês a partir dos dois meses de idade. A questão aqui é a baixa duração, apenas 2 horas. É frequentemente utilizado em repelentes para crianças.

 O DEET, substância de forte odor e responsável por afastar os mosquitos, é a mais utilizada na fabricação de repelentes. A utilização, no entanto, deve ser moderada, sendo indicada apenas acima dos 2 anos de idade, com no máximo duas aplicações e concentração máxima de 10%.  E, por último, a Icaridina, que possui longa duração e segurança comprovada, mas só pode ser utilizada a partir dos 3 anos em concentração máxima de 25%.


Para a Dra. Lívia, as características ideais de um repelente incluem: repelir muitas espécies simultaneamente, ser eficaz por no mínimo 8 horas, ser atóxico, ter pouco cheiro ou nenhuma fragrância, ter resistência à abrasão e à água.


Tecnologia e mais tempo de proteção


Diante desse desafio, a startup farmacêutica de origem americana Livuful, que no Brasil, faz parte do hub de inovação InovaEduk, desenvolveu um repelente que tem como princípio ativo o IR3535, considerado o mais seguro, mas que até então não tinha durabilidade na pele. Por meio de um processo de encapsulamento desse ativo, criaram uma fórmula onde o IR3535 é liberado aos poucos, atingindo uma eficácia de 14 horas seguidas, em testes laboratoriais e podendo assim, garantir a proteção prolongada de crianças pequenas, incluindo bebês a partir de 2 meses.


Para Ivan Oliveira, responsável pelas relações institucionais da LivFul na América Latina, o produto representa uma evolução no mercado: “Viemos oferecer um produto revolucionário, que além de proteger, hidrata, não tem toxidade e ainda possui ação prolongada. Será o repelente mais seguro do mercado”.


O repelente está em processo de registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), com previsão de lançamento para 2026. “Estamos otimistas, pois o nosso objetivo é criar produtos que sejam acessíveis e que tenham grande impacto na vida das pessoas”, reflete Ivan.   

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