Críticas e cobranças: vereadores e suas falas sobre as obras paradas em Jaguariúna
Atualizado: 9 de mai. de 2023
Atrasos sucessivos, sequência de erros em projetos, empresas com experiências duvidosas. Algumas obras iniciadas há mais de dois anos seguem sem previsão de conclusão em Jaguariúna. E o teor das críticas se eleva entre os próprios vereadores aliados ao prefeito Gustavo Reis (MDB).
Na última sessão, terça-feira (2), o que se ouviu foram cobranças, sentimento de vergonha e até mesmo insinuações sobre o trabalho de alguns funcionários públicos.
O cenário, ao que indicam governo e vereadores, não é promissor para o futuro das obras, principalmente por que a Prefeitura acaba de decretar contingenciamento de gastos e suspendeu novas obras na cidade.
Situação essa que foi ponderada na fala do vereador Cristiano Cecon. “Agora caiu a arrecadação, vai ser uma desculpa para não terminar as obras”, começou sua fala.
O vereador disse estar envergonhado por ter prometido em seus vídeos, a maioria deles fazendo estripulias em locais abandonados, mas que não viu o resultado prático por parte do Executivo.
“Vai ficar carimbado na nossa testa pro resto da nossa vida, é uma vergonha. Que não saia uma obra nova, mas essas que começaram nós temos que ter a honra delas serem terminadas”.
DINHEIRO DO POVO
Já a vereadora Ana Paula Espina listou a série de obras inacabadas, como as UBSs do Vargeão e do Santo Antonio do Jardim, a calçada do Parque dos Lagos, a ciclovia, a passarela.
"Isso é dinheiro do povo. Qual a punição que as empresas estão tendo? Parece que nenhuma, senão não estaria assim”.
Além de obras, Espina questionou a concorrência realizada no Hospital Municipal Walter Ferrari, que colocou fim em um contrato de uma empresa com 15 anos de atuação, para uma outra empresa, segundo ela, criada há pouco mais de nove meses.
EMPRÉSTIMO
Já o vereador Dr. Junior disse que quem deve ter vergonha pelas obras não acabadas é o Executivo, e não os vereadores. “A gente só vigia, e só!”, soltou o vereador.
“Essa Câmara aprovou R$ 45 milhões de empréstimo no final do ano passado, para novas obras. R$ 15 milhões já havia sido autorizado para o governo, desse valor, a grande maioria (das obras) não foi terminada. Uma iluminaçãozinha aqui outra ali, e a ETA, pelo menos inaugurada. E as novas obras que foram prometida, e as antigas que foram prometidas. Eu acho que essa responsabilidade é do Executivo e deve ser cobrada”, disse o vereador.
Mais na retaguarda, o vereador Zé Muniz acredita que as obras inacabadas serão finalizadas, e transfere a culpa pelos atrasos às empresas que tiram onda com a cidade.
“Eu tenho certeza que a maioria dessas obras que aprovamos o empréstimo vçao ser concluídas, precisam ser concluídas”.
INSINUAÇÕES
O presidente da Câmara, Romilson Silva, insinuou que funcionários não estariam cumprindo suas funções, e que alguns vivem clima de eleição antecipada.
“Estamos no terceiro ano de mandato, já está querendo adivinhar quem é prefeito, ai o pessoal para de trabalhar. Será que está todo mundo fazendo como tem que fazer as suas funções? Por que paga-se bons salários. Não estou defendendo o Prefeito, mas tem sim um cronograma de obras. O prefeito cobra, mas eu fico preocupado o por que que não anda”.
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