Cisne e Boas Novas esclarecem polêmica sobre médico e falam do período de transição

A Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Jaguariúna realizou, nesta quinta-feira (6), uma reunião no plenário para discutir a situação da saúde no município. O encontro reuniu representantes da Organização Social (OS) Associação Beneficente Cisne, da empresa Boas Novas e a secretária municipal de Saúde, Maria da Conceição de Oliveira.
Durante a reunião, foram abordados temas como a transição entre a Associação Santa Maria de Saúde (Asamas) e a Cisne na prestação de serviços no sistema de saúde.
Através de fotografias, o presidente da Cisne Dr. Achyles Theophanes mostrou como a estrutura do Hospital Municipal foi encontrada no começo desse ano. Fiações rompidas, aparelhos de imagem com problemas ou quebrados e alimentos com armazenamento inadequado.
De acordo com a apresentação feita pelo presidente da Cisne, a empresa afirma já ter regularizado os estoques da farmácia com medicamentos e materiais cirúrgicos, criados novos protocolos para melhorar as condições sanitárias do hospital.
MÉDICO
Outro esclarecimento feito pelo jurídico da Cisne e pelo presidente da empresa Boas Novas Gestão (responsável pelos profissionais médicos), foi em relação ao comentário feito pelo vereador Zé Muniz (MDB) sobre o médico Diego dos Santos Bastos. Em uma audiência na última semana, o vereador apresentou uma reportagem sobre a prisão do médico, em 2018, por suspeita de envolvimento em esquema de corrupção na saúde de Canoas, no Rio Grande do Sul.
O caso foi noticiado pelo O Jaguar, e na ocasião a Associação Cisne informou que buscaria mais informações sobre o caso. Nesta quinta-feira, tanto Diogo Vinícius, presidente da Boas Novas Gestão, e Jane Diefenthäler, advogada da Associação Cisne, manifestaram-se sobre o médico - atualmente diretor-técnico no Hospital Walter Ferrari.
Em 2018, Diego e outros três suspeitos tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça por suposta participação em crimes praticados por uma entidade contratada pela prefeitura de Canoas, para prestação de serviços de saúde na cidade.

O presidente da Boas Novas destacou a conduta e o caráter do médico, afirmando que Diego é um profissional de saúde "excepcional, dedicado e extremamente resolutivo". Ele relatou que conheceu Diego há três anos, desde o momento em que o médico esteve envolvido na implantação de 50 leitos em uma unidade hospitalar no Espírito Santo.
Em relação à operação do Ministério Público, o Vinícius esclareceu que Diego dos Santos Bastos foi detido preventivamente por três dias, sendo inquirido pelo Ministério Público de pois liberado. De acordo com o presidente da Boas Novas, o médico tem "uma ficha criminal ilibada, com todos os antecedentes negativos e sem qualquer culpa sobre as suas ações passadas".
Jane Diefenthäler, advogada da Associação Cisne, corroborou com as declarações de Diogo Vinícius, destacando a inexistência de qualquer processo ou acusação formal contra Diego nos tribunais.
Ela mencionou que, tecnicamente, o médico nunca foi preso, uma vez que não há qualquer registro de seu nome em certidões de distribuição de feitos criminais no estado do Rio Grande do Sul, onde o processo foi alegadamente movimentado, nem no estado do Espírito Santo, onde o médico também tem vínculos. Segundo Diefenthäler, a falta de evidências concretas sustenta a tese de que Diego foi alvo de um mal-entendido.
A advogada também ressaltou que a propagação de informações falsas e imprecisas nas redes sociais tem prejudicado a reputação do médico e de outros profissionais de saúde envolvidos em sua gestão. "Não é porque prestam serviço em uma instituição que todos os seus funcionários devem ser responsabilizados pelos atos de outras pessoas", afirmou.
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