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Campo do Padre, da Igreja e do povo de Jaguariúna - por Tomaz de Aquino Pires

  • Foto do escritor: Tomaz de Aquino
    Tomaz de Aquino
  • 24 de mar.
  • 3 min de leitura

Campo do Padre no coração de Jaguariúna - Foto: Arquivo Casa da Memória Padre Gomes
Campo do Padre no coração de Jaguariúna - Foto: Arquivo Casa da Memória Padre Gomes

Na Vila de Jaguariúna, Padre Gomes cultuava a sabedoria do “Passado”, respeitava as necessidades daquele “Presente” e planejava o “Futuro” do povo de Deus.  Pois sabia que cumpria investir no Presente para o êxito da posteridade. Assim, no ano de 1951, reservou duas quadras de terra que, hoje, se encontram no centro da cidade. Comprou uma quadra da Sra. Salime Mansur David, imigrante libanesa de Beirut, através da Associação “Obras de Assistência N. Sra. Da Assunção”. O Sr. Alfredo Chiavegato, presidente, assinou como testemunha e a escritura foi lavrada pelo Oficial Maior, Sr. Ederaldo Silveira Bueno Júnior. Esta quadra ficou destinada à prática de esportes das Associações Religiosas. Os esportes fariam bem para a saúde dos Filhos de Deus, livrando-os dos perigos do mundo “Mens sana in corpore sano”. O campo foi oficialmente  chamado “Estádio Santa Maria”. Dona Salime doou outra quadra vizinha para a Igreja. O sonho dele  era construir ali um hospital. Planejava trazer  Irmãs Religiosas para administrá-lo. O povo participou intensamente ajudando “Seu Vigário” com constantes campanhas beneficentes.  Na quadra reservada para o hospital, como não se construiu o mesmo,  Pe. Veríssimo inaugurou a Matriz Nova em 1994, urgente necessidade. Um Patrimônio Histórico, um patrimônio de Igreja não se vende! Não se põe fora! Reutiliza-se!


A Família Jaguariunense folgou em saber que Roma NÃO AUTORIZA a venda deste precioso bem, adquirido com a história e a doação dos fiéis da Paróquia Santa Maria. O povo de Deus regozija-se com a Igreja que preserva o  Patrimônio pois deve ser utilizado para as reais necessidades  da Casa de Deus, para a  Evangelização, para auxílio das suas obras de caridade: CRECHE, ASILO, para a manutenção, conservação, restauro de suas  outras propriedades, por exemplo, de sua histórica e artística MATRIZ CENTENÁRIA de 1894. Dependendo do grau de proteção, um patrimônio histórico pode e deve ser adaptado, transformado, para as reais e urgentes necessidades do momento, para trabalho, emprego, salário, exploração, a fim de salvaguardar o mesmo e outros bens patrimoniais. Assim nos ensina o Prof. Dr. Joaquim Sabaté Bel da Universidade Politécnica de Barcelona. E assim o Campo do Padre será explorado pelos Irmãos Antoniolli que ali construíram o prédio para supermercado, restaurante e demais comércios, com grande estacionamento. Utilizá-lo-ão por trinta anos, pagando, mensalmente à Igreja o aluguel do espaço. Tal renda será utilizada em suas necessidades essenciais e para obras de evangelização, manutenção e restauro, conforme registradas em ATA de Reunião do Conselho Paroquial. Vencido tal prazo a quadra e o imóvel voltarão para a Paróquia Santa Maria, segundo a imprensa e a Igreja anunciaram.


Time da Roseira disputou dezenas de partidas no Campo do Padre
Time da Roseira disputou dezenas de partidas no Campo do Padre

As gerações que escreveram sua história neste logradouro com suas equipes esportivas, os cidadãos acostumados com esta  paisagem do gramado,  com a sombra, com as flores dos flamboyants, sentiram grande pesar ao ouvirem as motosserras e virem a derrubada das muitas e  frondosas árvores por retroescavadeiras. Mas tal hecatombe será temporária. Há que fazer terraplenagem.

Haverá obrigatoriamente área arborizada e todas aquelas árvores serão repostas dez por um, com certeza! A Casa da Memória Padre Gomes fotografou o fato como memória da nova construção. Nela, paisagista haverá de planejar sombra suficiente e de sobeja, nos estacionamentos. Além de aluguel simbólico, soube-se que 1% da renda bruta mensal será destinada ao Restauro da Matriz Centenária. Nossos alunos e esta comunidade poderão prestigiar o novo reflorestamento, quando ocorrer, em solene ato educativo. Suas calçadas externas também devem ter a arborização muito cuidada e refeita. A “Rossimar” de José Carlos e Lúcia Marim Rossi plantaram na calçada da Cel. Amâncio Bueno árvores frondosas. Os alunos da Escola  Amâncio Bueno, no Dia da Árvore, cantando “Natureza, Espelho de Deus” de Chitãozinho e Xororó arborizaram a calçada da Rua Júlio Frank. Desejamos êxito a este patrimônio, à Igreja, aos empreendedores que darão emprego aos nossos cidadãos. Progresso e preservação de Patrimônio Histórico devem caminhar juntos.  Esta é nossa paisagem Cultural!

Tomaz de Aquino Pires, professor e coordenador da Casa da Memória Padre Gomes, de Jaguariúna.


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